Como uma ave numa gaiola
Como uma ave, numa gaiola,
Procura a luz da liberdade,
Eu luto para manter a sanidade.
Na janela do meu quarto,
De onde se via alegria, dançando,
Pintando tudo das mais diversas cores,
Agora, reinam o desespero e a dor,
E saudade da vida
À qual não dávamos valor.
Dias monótonos, uns após os outros,
Com sorrisos pintados do avesso,
À espera que alguém encontre a chave
Deste infeliz contratempo.
O céu e a terra nunca entram em acordo,
Pois é nos dias mais sorridentes
Que não podemos abrir as asas
E sentir as brisas quentes.
Estes tempos ainda duram,
Desde que me lembro;
Só espero que esta eternidade
Possa chegar ao fim,
Para poder, finalmente,
Provar o sabor da liberdade.
Beatriz Teixeira, 9.º C
À procura de harmonia...
São estes momentos difíceis,
Momentos memoráveis
Momentos inimagináveis,
Momentos que nos fazem pensar
O que vou fazer da minha vida,
Se aqueles que amo já não posso abraçar.
Mas há uma coisa que mantém a nossa harmonia,
Que nos faz continuar a viver cada dia,
É a esperança de tudo isto acabar
E tudo voltar ao normal.
Vemos pessoas a morrer,
Os enfermeiros sem as poder socorrer,
Sempre com aquele medo
De que, amanhã,
Seja o nosso dia de sofrer.
Para passar os dias,
Arranjamos maneira de nos entreter,
Arranjamos coisas para fazer,
Para passar o tempo,
Que, a cada dia que passa,
Parece ficar mais lento.
Francisco Guerra, 9.º C
Em busca de harmonia...
Em tempos difíceis,
Venho apresentar
Um poema como este,
Para a população acalmar.
Veio da China
Este vírus maldito,
Já temos a vacina,
Nos enfermeiros acredito.
Uma coisa é certa,
A pandemia uniu o mundo,
Numa luta incansável,
A hora é incerta.
O que me mantém positivo
É pensar no final:
Vamos voltar ao primitivo,
Estar com a família, após o mal.
Abraços e beijinhos
Aos familiares vou dar
E, aos saltinhos,
Vamos todos celebrar.
Vai ser uma guerra esforçada,
Mas com um propósito maior,
Com a higiene reforçada,
Vamos mandar o vírus desta para melhor.
Sandro Assunção, 9.º C
A vida mudou...
A Covid o mundo veio destruir,
Uma guerra penso que está a criar,
Vejo pessoas a morrer
E o mundo a desfalecer.
Profissionais de saúde a batalhar,
Exaustos estão a ficar,
A vacina demorou-se a criar,
Isso vai-nos custar.
Magoa-me a minha vida de adolescente mudar,
Sem beijos e abraços para dar,
Minha mãe tarde chegar,
Por vidas tentar salvar.
A esperança não podemos perder,
É isso que a Covid nos quer fazer;
Com a família e amigos a ajudar,
Isto vamos ultrapassar.
João Ferraz, 9.º C
Esperança no futuro
Com tanta cautela face à enfermidade,
Fica até difícil encontrar felicidade,
Mas, mesmo com essa dificuldade,
Eu sinto essa necessidade.
Um mundo tão belo e perfeito,
Em apenas um segundo,
Pode tornar-se num labirinto eterno e profundo,
Sem encontrar saída de qualquer jeito.
No meio da crise da pandemia,
Um mundo de doença e morte,
Existe pouca gente que não se importe
E que não continue em busca da harmonia.
É preciso uma superação,
Mas, para isso, é preciso haver união,
Para encher o coração
E, no fim, podermos ter razão.
Ricardo Ferreira, 9.º C
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