Algo tem para dizer?
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever
Ainda tinha muito para dizer;
Perdeu a oportunidade de exprimir
O que, naquele momento, estava a sentir.
De certeza que ia ser um poema,
Um poema lindo e natural;
Ainda não se sabia o tema,
Mas iria ficar sensacional.
Cristiano Carvalho, 9.º B
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Não sabia o que dizer, Sempre desgastado Pelos dentes afiados. Estava tão magoado
Que, ao longo do tempo, Ficou amuado.
João Ferraz, 9.º C
O meu lápis, amigo fiel
O meu lápis, amigo fiel, Nos trabalhos para casa, Ontem, ignorou o seu papel. Parado na minha mão, Recusou-se a deslizar na folha, O que não é habitual. Incapaz de qualquer cooperação Com a minha pessoa, Estaria doente? Perturbado com o confinamento? Zangado comigo? Cansado do muito trabalho que lhe dou? Estaria em greve? Perguntei-lhe, com bons modos: "O que é que se passa?". Não respondeu, Cruzou os braços e fez beicinho. O lápis estava a fazer Uma valente birra.
Francisca Pereira, 9.º A
O lápis deixou de escrever
O lápis deixou de escrever, Numa triste manhã de inverno, Porque não suportou mais A solidão que dele se apoderou. E, assim, pensou: "O menino não me quer mais, Estou velho, não sou mais o que era...". Desgastado pela afia, O lápis achou que já não servia, Apesar de já ter sido artista da escrita, E o pouco que dele restou Numa caixa ficou.
Daniel Costa, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever, Por vezes, pode servir Para outras coisas fazer. Não quer dizer que, agora, Ele passe a ser um inútil, Só porque não cumpre mais Com o seu papel habitual, Pois um lápis não existe Só para escrever.
Daniela Ferreira, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis deixou de escrever,
Para conseguir entender
O que tinha de especial;
Ele tinha de aprender a viver
A sua lenda pessoal.
Beatriz Teixeira, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever
Tem uma história para contar:
"Era uma vez um lápis que ajudou a aprender
Uma menina que estava a chorar,
Pois esta pequenina não estava a entender
O que a professora lhe estava a ensinar.".
Ana Rita Teixeira, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever
Quis pintar o futuro,
O futuro de duas pessoas,
Talvez um belo romance,
Ou uma linda amizade.
Andresa Ferreira, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever, Substituído por uma lapiseira Linda do seu ser, Aquele lápis vindo feira Nunca mais sentiu uma folha, Pois o seu dono fez outra escolha.
Francisco Guerra, 9.º C
O lápis que se cansou
O lápis que se cansou De tantas vezes ser apagado Imensa coisa tinha para dizer, Mas de, tantas vezes, censurado, Um dia, decidiu dizer tudo de uma vez E acabar com a censura, talvez.
Gabriel Moreira, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Não tinha mais energia, Para continuar a sua rota; A vida fez-lhe ver, Como se fosse um caminho Por desenhar; Ele da rotina sumiu, Mas no meu coração permaneceu.
Sandro Assunção, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Tinha grandes histórias para contar, Porém perdeu-se no caminho, Tão usado e descartado por todos, Que acabou por desistir E romper-se a si mesmo.
Mariana Sousa, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever, Finalmente, parou de se mexer. Por entre as linhas ele dançava, Mas já quase não escrevia nada. Ele já estava muito acabado, Não mais aguentava Mexer-se de lado para lado.
Rita Ferreira, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Sentia-se numa prisão, Sem ninguém, Sem uso, Sem nada.
Francisca Sousa, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Não tinha mais nada a perder. Grande e formoso nasceu, Vazio e pequeno morreu. De tanto o afiarem, Ele esvaeceu-se.
Alexis Anjos, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Ficou sem nada para contar, Sem nada para fazer, Sem motivo para amar, Ou mesmo para viver.
Andreia Vale, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever,
Ainda com tanto feito por realizar,
Queria ajudar alguém a aprender,
Para um grande Homem se tornar.
Carolina Fernandes, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que se partiu Não tem grande coisa Para contar. Era o seu fim, Pedaços espalhados Para um lado, Que se perderam E não
conseguem Reencontrar-se.
Gonçalo Silva, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que ficou sem bico Não tinha sobre o que escrever. Ficou tão desesperado, Abatido e acabado, Que deixou folhas por escrever E nada se podia fazer.
Hugo Cunha, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis deixou de escrever, Porque não tinha mais nada a dizer. O lápis deixou de escrever, Porque não havia nenhum momento Que precisava de registar. O lápis deixou de escrever, Porque o seu fim chegou. Chegou a hora de ele deixar Espaço para outro se destacar, Produzir lindas rimas E deixar toda a gente feliz, Com belos poemas para escrever, Que se encaixam nas nossas vidas.
Tiago Paiva, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Só queria deixar registada A história da sua vida; Mesmo com os erros, sabia viver, Mas havia um receio que o impedia De apreciar, plenamente, a vida: A folha chegar ao fim... Quando, finalmente, aconteceu, Um dia, o lápis deixou de escrever.
Andreia Oliveira, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever, O lápis que deixou de pintar, O lápis que deixou de fazer O que mais gostava, Agora, está, sempre, no escuro imenso, Preparado para a próxima etapa, Preparado para, de novo, renascer, Preparado para dar o seu melhor, Novamente!
Maria Clara Moreira, 9.º A
Ao lápis que deixou de escrever
Ao lápis que deixou de escrever Apagaram a memória, Ficou sem saber o que iria fazer, Sentiu-se perdido e só, Porque não recordava o passado Que pretendia deixar registado.
Gabriela Oliveira, 9.º A
Um lápis que deixa de escrever
Um lápis que deixa de escrever
É como o Sol sem brilho.
Tinha uma coisa para fazer
E um caminho para trilhar,
Mas não conseguiu batalhar
E ao topo chegar.
Ricardo Barros, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis deixou de escrever; Já o ensinei, mas ele não quer aprender. Vou ter que me esforçar, Pois preciso estudar! Mas será que ele não entende!? Mas lá que me surpreende, Porque, com os seus traços, Consigo criar laços! Dado que, com esses traços, Sou capaz de escrever uma carta Para o presidente A pedir ajuda urgente, Para que entregue máscaras A toda a gente Que da Covid se deve proteger, Para não sofrer E o seu projeto de vida não acabar.
Beatriz Gomes, 9.º A
Apesar de ter deixado de escrever
Apesar de ter deixado de escrever, A sua importância o lápis não perdeu, Pois, se não pudermos escrever, Sempre nos podemos expressar, De qualquer outra maneira.
Mariana Botelho, 9.º A
O lápis que tanto escrevia
O lápis que tanto escrevia Histórias de tristeza e alegria, Certo dia, arrependia-se De tanta ideia repetida Que da escrita o cansaria.
Érica Proença, 9.º A
Que lápis serei eu?
Que lápis serei eu? Pedaço de madeira e grafite, Sem uma mente para me perceber, Nem prosa nem poesia leste. Como é que poemas Queres escrever?
Matilde Batista, 9.º B
O lápis deixou de escrever
O lápis deixou de escrever, Ficando, por contar, Tantas histórias maravilhosas, Tantas crianças por alegrar, Tantas vidas por colorir.
Francisca Pereira, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever, Ao ver o seu trabalho a desaparecer, A borracha tem de usar, Para a sua tarefa realizar, Mesmo se o coração Tiver de magoar.
Maria Rita Loureiro, 9.º A
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Ainda tinha muito que viver, Mas a esta reforma teve de ceder, Apesar das saudades que ia ter.
Matilde Moreira, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Ainda tanto tinha por dizer, Mas esqueceu-se que, Numa simples folha branca, Tudo pode acontecer.
Leonor Ribeiro, 9.º C
O lápis deixou de escrever
O lápis deixou de escrever, Cansado da sua árdua tarefa. Tantas memórias minhas registou Que não aguentou e morreu. Não fiques triste, meu lápis lindo, Pois, agora, descansas: Em vez de sempre escrever, Lês o que o outro registou.
Rafael Teixeira, 9.º B
O lápis deixou de escrever
O lápis deixou de escrever, Apesar de ter um vazio enorme Por, na folha, descrever. Como demasiado se esforçou, Ficou muito fraco E acabou por partir, Antes de conseguir registar Tudo o que ainda sentia.
João Serôdio, 9.º C
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Não tem mais nada para dizer. Contudo, ainda se pode usar: Guardá-lo como lembrança Ou com ele brincar.
Leonardo Monteiro, 9.º B
O lápis que deixou de escrever
O lápis que deixou de escrever Estava cansado de tanto afazer E, assim, foi dispensado O lápis cansado de escrever.
Ana Leonor Silva, 9.º B
O lápis possui várias funções
O lápis possui várias funções,
Nomeadamente, pintar a imaginação,
Para ilustrar as histórias
Que também escreve
E levar às crianças a diversão.
Rafael Moreira, atual 9.º D
O lápis deixou de escrever
O lápis deixou de escrever E o que registara parou de ler, Mas, com tanta sabedoria, Ele há de voltar um dia E versos voltar a compor Como mais ninguém sabe, Para às pessoas dar alegria E também sabedoria. Estamos tristes, por enquanto, Mas à nossa vida ele vai voltar.
Rafael Vigo, 9.º A
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