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O que quero ser?

Atualizado: 24 de mai. de 2021

Pastiche do poema titulado "O rãologista", de Jorge Sousa Braga*


*Jorge Sousa Braga nasceu em 1957, em Cervães, e concluiu o curso de Medicina da Universidade do Porto, em 1981, com a especialidade de Obstetrícia/Ginecologia. Iniciou a sua carreira profissional no Hospital de Santo António, no Porto. Tem vindo a trabalhar na consulta de casos de esterilidade/infertilidade. Autor de uma vasta obra poética, tem participado, também, em numerosas antologias, como organizador e/ou tradutor, e tem-se dedicado à escrita de livros infantis. O seu Herbário foi distinguido com o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura Infantil.

Wook.pt (adaptado)



O rãologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que é que queres ser?"

Detesto que me falem lá do alto

Tão alto

Que mal os consigo ver


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um rãologista

Estudar a vida da rã

Conhecer o seu habitat

Nadar nos pântanos de manhã

Quero aprender a coaxar

A apanhar moscas com a língua

E a saltar"


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair

Porque tenho à minha espera um anuro.


Jorge Sousa Braga



O cãologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um cãologista,

Conhecer a sua lealdade e a sua atenção,

Descobrir as suas brincadeiras,

E sentir o seu amor incondicional.

Quero aprender a sua forma de ser,

Viajar pela cidade com uma expressão de felicidade,

E receber carinho, sorrisos e alegrias.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um companheiro leal.


Poema reescrito por Tiago Carneiro, 9.º A


O cãologista


Detesto que os adultos me perguntem "O que queres ser?". Detesto que me falem lá do alto, Tal alto, Que mal os consigo ver. E eu respondo-lhes: "Quero ser um cãologista, Para aprender a forma de pensar Dos nossos grandes amiguinhos, Que nos percebem a falar E não nos deixam entristecer, Nem por um segundinho. Dizem que o cão É o animal mais inteligente do mundo E eu não discordo, nem por um segundo, Pois entende o nosso falar e o nosso pensar, Além da forma da sua espécie comunicar, Enquanto que as pessoas apenas a sua fala Conseguem interpretar. Por isso, eu quero aprender o seu pensar E também o falar para com ele comunicar, Toda a alegria e o carinho dele retribuir E, assim, de igual forma, o compensar.". E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro E eu pedirei licença para sair, Porque tenho à minha espera um ajudante, Para me auxiliar neste estudo desgastante.

Poema reescrito por Maria Rita Loureiro, 9.º A



O tigrologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um tigrologista,

Investigar o maior de todos os felinos,

Perceber como se afiam as garras,

Entender como se caça,

Estudar os passos das presas,

Apreciar a sua beleza,

E evitar a sua extinção.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um tigresa.


Poema reescrito por Gonçalo Silva, 9.º A



O nuvenlogista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um nuvenlogista,

Entender os sonhos das pessoas,

Que tão alto voaram,

E, agora, inalcançáveis se tornam.

Quero sentir a suavidade

Das pétalas dos jardins dos céus,

Calcorrear caminhos mais brancos que neve.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera uma floresta para colorir.


Poema reescrito por Beatriz Teixeira, 9.º C


O nuvenlogista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um nuvenlogista,

Estudar a maneira como as nuvens são,

Conhecer a sua rotina,

E descobrir o porquê de elas não caírem ao chão,

Quero tentar provar um pouco,

Descobrir o sabor: morango, melancia ou melão

E sentir o vento

Daquele sítio tão alto onde estão.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera uma nuvem pequenina

De que irei cuidar e fazer sorrir.


Poema reescrito por Ana Rita Teixeira, 9.º C



O youtuberlogista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um youtuberlogista,

Conhecer todos os criadores de conteúdo,

Visualizar todos os canais,

E estar na moda da era digital;

Quero ganhar muito dinheiro,

E sou da geração do milénio,

Pelo que o Youtube é o meu futuro .".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um upload.


Poema reescrito por Tiago Mendonça, 9.º B



O dobradorlogista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um dobradorlogista,

Dar voz a várias personagens,

Para elas falarem português,

De modo a fazerem sorrir todas as crianças,

Quero viver aventuras através da minha voz,

Propiciar entretenimento no cinema e na TV,

E ouvir a minha voz, nos mais diversos ecrãs.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um estudiozinho.


Poema reescrito por Guilherme Ribeiro, 9.º B



O desportologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um desportologista,

Estudar melhor o desporto,

Conhecer os seus objetivos,

E praticá-lo, sempre a aprender,

De forma a ficar mais a saber

Sobre o que o desporto tem a esconder

E, assim, poder partilhar o que adquiri.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um atletazinho.



Poema reescrito por Cristiano Carvalho, 9.º B



O artologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um artologista,

Desenhar até perder de vista,

Pintar e aparecer numa revista,

Sonhar até onde posso chegar,

Acreditar que vidas vou mudar,

E que coisas diferentes vou criar.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um grande caminho por percorrer.


Poema reescrito por Maria Clara Moreira, 9.º A



O carrologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um carrologista,

Para dar vida às peças do carro,

Conhecer cada detalhe,

E sentir o seu arranque.

Quero ser o melhor condutor,

Ganhar troféus mundiais,

E estar com grande som, sempre que eu quero.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um carrão.



Poema reescrito por João Serôdio , 9.º C


O casologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um casologista,

Estudar e desenvolver vários projetos,

Apresentar soluções criativas,

E, sobretudo, tornar as pessoas felizes.

Quero aprender novas técnicas,

Olhar para as minhas criações,

E sentir muito orgulho e satisfação.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera um mundo puro.



Poema reescrito por Francisco Guerra, 9.º C



O canetologista


Detesto que os adultos me perguntem

"O que queres ser?".

Detesto que me falem lá do alto,

Tal alto,

Que mal os consigo ver.


E eu respondo-lhes:

"Quero ser um canetologista,

De caneta de ponta fina,

Para me expressar de livre vontade,

Escrever sobre tudo e mais alguma coisa,

Fixando os meus pensamentos,

E desenhando o que sinto em folhas,

Onde registo o que me vai na alma.".


E eles ficarão muito satisfeitos com o meu futuro

E eu pedirei licença para sair,

Porque tenho à minha espera uma bela escrita.



Poema reescrito por Hugo Cunha, 9.º C






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